Um retrato impressionante da rainha Catarina de Bragança, uma figura charneira entre o Novo e o Velho Mundo, cujo legado mudou, para sempre, o curso da História.
Quando, em 1662, Catarina, filha de D. João IV de Portugal, casou com o rei Carlos II de Inglaterra, teria sido difícil prever o impacto deste matrimónio no rumo da Grã-Bretanha e do mundo nos séculos que se seguiram.
Apesar de a História ter desprezado esta rainha por ter falhado em produzir um herdeiro para a Coroa, é tempo de reconhecer o verdadeiro legado de Catarina de Bragança e lhe devolver o seu lugar na história de Inglaterra, da Europa e do mundo. Além da sua enorme influência no estreitar da Aliança Luso-Britânica - a mais antiga aliança diplomática em vigor -, de ter popularizado o uso de calças entre as mulheres do seu tempo, de ter sido a responsável pela introdução não só da música e da arte barroca na corte inglesa, mas também do hábito de beber chá, um outro pormenor da sua história mudou, para sempre, os destinos do mundo. Do seu dote fazia parte Bombaim, atual Mumbai, na Índia. Considerado um pântano pelos seus contemporâneos, logo se tornou na base de expansão para um dos mais poderosos e extensos impérios coloniais - o Império Britânico.
Em A rainha perdida, Sophie Shorland explora a vida admirável desta rainha portuguesa, uma das mulheres mais influentes do século XVII, contextualizando o momento particular em que viveu e resgatando ao esquecimento o seu verdadeiro alcance político, económico e social.
Antes Que A Luz Apague A Escuridão
Romance Afastada dos grandes centros, existe uma vila habitada por gente solitária, marinheiros, padres, músicos, mulheres desamparadas, crianças que teimosamente querem viver no mundo dos adultos e amantes que recomeçam ou desistem. Todos eles gente como nós, figuras aparentemente comuns e imperfeitas que pelas circunstâncias do coração, ocasionalmente se entrelaçam arriscando a felicidade. São aqui contadas a várias vozes as histórias da morte que estrebucha pelas esquinas, do amor que persiste e da saudade de garras afiadas. Falam-nos de um escritor e dos seus exorcismos, de Maria do Mar que da mágoa se dilui com o marido que o oceano engoliu, do homem que regressou para o funeral do seu pai e acabou a encontrar-se, de Marco Marreco que lê poesia às pedras, do padre Dâmaso que em garrafas lança cartas às ondas.
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